DÉBORA MARQUES
Os hardwares são os componentes
tangíveis do computador, ou seja, as partes ou peças físicas eletrônicas que
juntas, são necessárias para o funcionamento do equipamento. Diana (2016) relata
que os hardwares são divididos em quatro elementos, como os dispositivos de
entrada (teclado e mouse); dispositivos de saída (monitor e caixas de som);
componentes internos (peças internas que se conectam) e dispositivos de
armazenamento secundário (componentes responsáveis pelo armazenamento de dados
permanente).
Desde
muitos séculos atrás, os seres humanos buscam constantemente superar e
ultrapassar suas bases de conhecimento e de intelectualidade, assumindo um
papel importante no desenvolvimento da tecnologia nos dias atuais. As premissas
com os primeiros artefatos produzidos pelos antepassados contemplam
essencialmente as capacidades e as habilidades compostas para construção da
linha tecno e lógica da humanidade. Para Barreto (2000), as origens históricas
dos primeiros hardwares são definidas como:
Ábaco:
Com surgimento em torno de 3.000 A. C., o ábaco possui origem chinesa e é uma ferramenta
composta por vários fios paralelos com arruelas deslizantes, permitindo operações
matemáticas mais complexas, do que as realizadas normalmente com a contagem dos
dedos ou com a escritura em paredes, sendo funcional para a contagem, de acordo
com os fios (indicavam as posições dos dígitos de forma decimal) e as arruelas
(indicavam a quantidade); sendo muito eficiente e utilizável até hoje.
Bastões
ou Ossos de Napier: Inventada pelo
matemático escocês John Napier, por volta de 1614 a 1617, era um conjunto de
nove bastões ou ossos, um para cada dígito, responsável pela transformação em
multiplicação de dois números numa soma de tabuada, fazendo operações
matemáticas fundamentais.
Círculos
de Proporção: Em 1622, William Oughtred, na Inglaterra, baseou-se nos bastões
ou Ossos de Napier e inventou uma ferramenta de cálculo que originou a Régua de cálculo, que fora
considerada como o primeiro computador analógico da história, porque
apresentava logaritmos em traços na régua, onde através da adição e subtração
de comprimentos, a divisão e o produto eram obtidos.
Calculadora
Mecânica: Inventada e construída pelo Whilhelm Schickard em 1623, a primeira
calculadora mecânica era capaz de multiplicar através de métodos sucessivos de
soma, porém só obteve reconhecimento após a criação da Pascaline.
Pascaline:
Conhecidamente como a primeira calculadora mecânica do mundo, a pascaline foi
inventada pelo francês Blaise Pascal em 1642 com intuito de auxiliar as
atividades contábeis, sendo capaz de utilizar os sistemas decimais para os
cálculos de adição e subtração, através de pequenos discos; pois quando um
disco alcançava a marca nove, retornava para o zero e acrescentava uma unidade
imediatamente no disco superior.
Máquina
ou Calculadora Universal de Leibnitz: Considerada uma versão atualizada da
Pascaline, foi criada em 1673, pelo alemão Von Leibnitz, sendo capaz
superiormente de multiplicar, dividir e extrair raízes quadradas, através de
adições e subtrações excessivas.
Primeira
máquina mecânica: Conceituada pelo francês Joseph Jacquard em 1802, a máquina
consistia em uma programação através de cartões perfurados que forneciam
comandos padronizados para a tecelagem.
Aritmómetro:
Em 1820, em torno da revolução industrial, o francês Charles Xavier criou a calculadora
chamada Aritmómetro, era capaz de efetuar as quatro operações aritméticas
básicas, tendo sido um sucesso de comercialização.
Máquina
das Diferenças: Criada pelo inglês Charles Babagge em 1822, a máquina era
considerada um projeto de um computador para realizar cálculos mais simples de
funções como trigonometria e logaritmos, eliminando a necessidade de
multiplicação e divisão no cálculo de polinômios, sendo utilizada apenas adição,
pois seria mais fácil de mecanizar.
Máquina
Analítica: Em 1830, Charles Babagge (considerado pai da computação) – após abandonar
o projeto da máquina das diferenças devido alguns problemas da máquina, como a
necessidade de mais precisão –, juntamente com a Condessa de Lovelace, Augusta
Ada Byron (considerada a primeira mulher programadora de processamento de dados
de computadores do mundo), criaram a máquina analítica, que era capaz de somar,
subtrair, multiplicar e dividir automaticamente. Porém, Babbage faleceu antes
da construção da máquina e hoje as peças encontra-se em museus.
Máquinas
mecanográficas ou tabuladores: Entre 1880 e 1890, o estatístico americano
Herman Hollerith, desenvolveu um dispositivo, - inspirado nos cartões
perfurados de Joseph Jacquard -, que utiliza uma cartolina especifica para o
processamento e aceleramento de dados do censo automaticamente tabulados
em máquinas projetadas; sendo muito comercializado por grandes empresas
organizacionais nos Estados Unidos e no exterior. Em 1924, Hollerith junto com
outras empresas fundaram a International
Business Machines Corporations (IBM).
Computador
Eletromecânico: Em 1938, o alemão Konrad Zuse, criou e montou o Z1, o primeiro
computador do mundo, e embora eletromecânico, era digital e suas instruções
eram através de cartões perfurados. Em 1939, ele criou o Z2, que era outro
computador com relês e válvulas. Em 1941, criou o Z3, outro computador
totalmente melhorado com automação e programação e em 1945, criou o Z4, uma
versão além dos computadores Z1, Z2 e Z3, porém, devido a Segunda Guerra ele não
pode concluir o Z4 que seria um modelo mais potente.
Colossus
ou Máquina de Criptografia: Criada por Alan Turing na Inglaterra em 1939 era
utilizada para criptografar enigmas alemães, cujas transmissões eram
embaralhadas. Segundo Monchetti (2016), Turing e a sua equipe conseguiram
interceptar e obter as informações necessárias para levar segunda guerra
mundial ao fim.
MARK
I: Criado em 1944, por Howard Aiken, foi à primeira máquina eletromecânica
automática de grande porte nos EUA, e possuía 72 palavras de 23 dígitos
decimais cada, com tempo de instruções de 6 segundos, utilizada fita de papel
perfurado. Aiken chegou a criar o MARK II, porém não obteve sucesso, pois a
válvula eletrônica já estava popularizada.
A
partir do final da década de 50, todos os tipos de hardwares, passaram por processos
denominados Gerações, e
pelo qual, segundo Amaral (2010), são elas:
1º
Geração (1945-1955): Marcada pela era das válvulas e dos painéis de
programações. Exemplos: ENIAC: Desenvolvido por John Eckert e John Mauchly em
1946, foi o primeiro computador eletrônico digital e foi produzido para
cálculos balísticos com foco na simulação de lançamentos de mísseis; sendo em
enormes e complexas máquinas, custeando e elevando o preço de sua obtenção,
além disto, era necessária uma equipe técnica para o manuseio destes
computadores. SSEC: Criado pela IBM em 1948 era uma máquina híbrida de válvulas
e relés para tabelar posições lunares. UNICAC: Primeiro computador aplicado na
área de administração.
2º
Geração (1956-1965): Marcada pela substituição das válvulas pelos transistores,
pois apresentavam novidades nos processadores e eram acondicionadas em salas
com baixa temperatura. Por ter alto custo, somente órgãos do governo e
universidades podiam pagar. Exemplos de supercomputadores com transistor: LARC
e a IBM 7030. Exemplo de Minicomputador com transistor: PDP-8.
3º
Geração (1966-1980): Inovação no uso de circuitos integrados (CI), que
são muitos transistores construídos em um só componente (semicondutores). Antes
havia 10 transistores por chip, e evoluíram para 100 transistores por chip. O
diferencial era a possibilidade de produção em massa. Exemplos de
supercomputadores: IBM 360/91, Solomon, etc. Exemplo de minicomputador: Apple
I, Série PDP-11.
4º
Geração (1981-1990): Computadores pessoais: Nesta fase, os chips agora possuíam
1.000 ou 100.000 transistores por centímetro quadrado de silício implantado nos
computadores pessoais ou microcomputadores, eram menores, mais rápidos e com
maior capacidade de armazenamento, além do surgimento da unidade central de
processamento (CPU) e dos disquetes. Exemplos: CRAY 1, CYBER 205, Mark 8, Apple
II, PC IBM, etc.
5º
Geração (1991-Atualidade): Tecnologia: Essa última geração (por
enquanto) é marcada pelo ‘‘boom’’ tecnológico, através do uso de redes de
computadores, lançamento de microprocessadores modernos, pela inteligência artificial,
pela conectividade, pelas impressoras 3D, pelas memórias com maiores
capacidades, monitores e celulares sofisticados, pen drives, notebooks e jogos
eletrônicos de alta resolução, além de outros milhares de exemplos.
Com
o passar dos anos, foi possível superar as limitações de comunicação e expandir
as condições necessárias para o surgimento dos primeiros hardwares. Sendo,
necessárias todas as fases seculares passadas para a contribuição do progresso
obtido no século 21. Mesmo estando, neste nível moderno e de fácil acesso,
outras gerações virão expandir esses conhecimentos e transformá-los em novas e
surpreendentes tecnologias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ADRIANO,
C. Hardwares ou Softwares: Conflitos. Disponível em: <https://www.vivaolinux.com.br/artigo/Hardware-ou-Software-Conflitos?pagina=2>.
Acesso em: 18 Out. 2020.
AMARAL,
A. F. F. Arquitetura de Computadores. Disponível em: <https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/342/2020/04/ARQUITETURA-DE-COMPUTADORES.pdf>.
Acesso em: 18 Out. 2020.
BARRETO,
J. M. Evolução Histórica dos Computadores. Disponível em: <http://www.inf.ufsc.br/~j.barreto/cca/historia/hist1.htm>.
Acesso em: 18 Out. 2020.
DIANA,
J. Hardware e Software. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/hardware-e-software/>.
Acesso em: 18 Out. 2020.
MONCHETTI,
K. Alan Turing e a Enigma. Disponível em: <https://horizontes.sbc.org.br/index.php/2016/11/alan-turing-e-a-enigma/#:~:text=A%20Enigma%20foi%20uma%20m%C3%A1quina,nenhuma%20informa%C3%A7%C3%A3o%20caso%20as%20interceptassem>.
Acesso em: 18 Out. 2020.
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