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* COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL: Instrumento Estratégico de Gestão.

 

DÉBORA MARQUES

ANGELA BARBOSA

LUCAS FRAZÃO


INTRODUÇÃO

 Desde muitos séculos atrás, a comunicação assume um papel importante na história. As habilidades humanas tomaram força e independência por meios da comunicação nos tempos da pré-história há mais de dois milhões de anos com os homens primitivos, através de desenhos rupestres nas paredes das cavernas como uma forma de expressar uma linguagem própria, devido não haver linguagem verbal. Animais, plantas, pessoas, rituais, a caça e o cotidiano daquela época eram representados através das pinturas nas rochas. (JUSTAMAND et al., 2017).

Com o passar dos séculos, o homem conseguiu superar suas limitações de comunicação, expandindo suas condições de socialização através das atitudes, gestos e expressões distanciando-se intelectualmente dos demais seres vivos do planeta tornando-se um ser pensante, por tanto, racional; capaz de compreender suas fragilidades e suas forças e utilizá-las para manter sua sobrevivência.

Como relata Tomasi e Medeiros (2014), a linguagem verbal adquirida periodicamente através da troca de informações aprimorou-se tornando a forma mais utilizada de comunicação. No processo da evolução comunicativa, a arte através da música, cinema, pintura, escultura, poesia e literatura e a mídia através do jornalismo, rádio, televisão e entretenimento, se tornaram, lentamente, influência e inspiração na vida das pessoas. Os estudiosos da linguagem assumem a importância da comunicação na socialização das pessoas, principalmente em um ambiente organizacional, onde os processos de informação são mais formais e necessitam de atenção tanto na forma falada quanto na forma escrita.  

Para Lara (2012), hoje em dia, os colaboradores são parte integrada das organizações; eles moldam e constroem uma empresa com alta produtividade, para isso é claro, bastaria uma gestão com comunicação eficiente como exemplo, para agregar valores e apoio as necessidades de cada um.

1.1 PROBLEMÁTICA

Diante do exposto, o referente artigo possui como problemática a carência de comunicação devido à falta de experiência em termos como empatia, comprometimento, paciência e solidariedade de muitos profissionais, que muitas vezes não possuem a capacidade de ajudar seus colaboradores e por falta disto, acabam por prejudicar todo o ambiente organizacional afetando direta e indiretamente todos ao seu redor, que passam a temer seus líderes ao invés de respeitar, prejudicando o trabalho em equipe e a comunicação com o restante da empresa.

1.2 JUSTIFICATIVA

A definição do campo deste artigo far-se-á pela importância da comunicação nas organizações contemporâneas pelo qual se justifica relevante por ser parte integrada de toda e qualquer empresa - seja de qualquer porte ou área - todas elas necessitam que a comunicação seja eficiente e eficaz para que todos os envolvidos (colaboradores) nessa jornada de crescimento estejam totalmente felizes no seu ambiente de trabalho por estarem seguros e confiantes por possuírem uma boa comunicação com seus superiores, gerando assim, uma base sólida de fortalecimento e confiança no trabalho.

1.3 OBJETIVO GERAL

Baseado na atual situação das organizações, no qual são encontradas dificuldades de comunicação entre líderes e colaboradores, construção de boas relações e ausência de empatia dos gestores, que este trabalho tem como objetivo geral analisar a influência e a importância da comunicação nas empresas. Através do conhecimento potencialmente obtido neste semestre pela disciplina Administração III – Gestão Estratégica de Pessoas com Foco em Resultados pôde-se compreender a estrutura para conseguir uma boa comunicação, de modo essencial para o crescimento profissional/ pessoal de forma ampla e sólida para a obtenção de resultados e conquistas para todos; de modo que a relação de amizade e companheirismo seja sempre moldada para um alto nível de confiança e respeito.

1.3.1 Objetivos Específicos

Pretende-se especificamente:

- Identificar os erros e os elementos da comunicação;

- Analisar a comunicação não verbal e o papel da Ouvidoria;

- Compreender a importância do endomarketing e do feedback;

- Evidenciar a presença e a influência da rádio peão nas organizações;

- Apontar a boa comunicação como estratégia para gerir pessoas e equipes e seu papel na negociação.

Com este projeto, abrangeremos as formas de comunicação que auxiliam o crescimento empresarial para gerar ótimos resultados.

2.     COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

 A comunicação empresarial, segundo Tavares (2010) está totalmente integrada à comunicação institucional, a comunicação de marketing e a comunicação interna e pode transformar a organização em uma empresa diferenciada, quando bem planejada. Porém durante duas décadas atrás, a comunicação dentro do ambiente empresarial era vista como algo supérfluo e desnecessário de melhoria, precisando estar cada vez mais presente nas pequenas, médias e grandes empresas. Porém, é de extrema importância que a comunicação empresarial esteja atuante em todas as áreas da organização, garantindo um ambiente de trabalho funcional.

A comunicação é definida para Barros e Matos (2015) como uma atividade de interação social, responsável pela base de todas as relações humanas, e, através dela, são trocadas informações entre dois ou mais indivíduos. A comunicação empresarial por sua vez, é caracterizada por estar intensificada nas bases de relações entre funcionários – presidentes, gestores e colaboradores – auxiliando no crescimento interno e externo da organização.

            Trabalhar a comunicação na empresa é um investimento essencial para gerar resultados. ‘‘Diante das inúmeras mudanças que ocorrem em todo o ambiente mercadológico, considera-se imprescindível a utilização da comunicação para que uma organização venha a se adaptar às novas exigências impostas para o mundo empresarial. ’’ (SILVA, GÓIS, OLIVEIRA, 2009, p. 6). Sendo assim, a comunicação proporcionará a função de envolver a empresa num ambiente mais comunicativo e participativo.

2.1. ERROS DE COMUNICAÇÃO: A ORIGEM DOS CONFLITOS

            Os problemas de comunicação podem causar danos no cotidiano das empresas. Para Silva et al. (2007)  estes problemas estão categorizados em três falhas: falhas no sistema - onde a comunicação não existe ou não funciona; falhas na emissão da mensagem - onde a informação existe, mas não é transmitida e falhas na recepção da mensagem onde a comunicação existe, porém não foi interpretada da forma correta pelo receptor.

            Os ambientes organizacionais podem sofrer com estes tipos de problemas na comunicação, principalmente por que eles poderão gerar conflitos entre seus colaboradores. Os principais tipos de conflitos podem existir através das falhas de comunicação, como por exemplo: discórdia, controvérsia, discussão, desavença, polêmica, brigas, bate-boca, objeção, desentendimento, contestação, mentira, mal entendido entre outros.

            Nesse sentido, as empresas que não souberem gerenciar os conflitos entre seu pessoal poderão estar sujeitas a diversos contratempos, como: ter reduzida sua participação no mercado; não desenvolver novos produtos; ter arranhada sua imagem perante o público-alvo; prejudicar o clima organizacional [...]. (NETO, 2005, p. 4).

             É imprescindível que os gestores ou líderes saibam lidar com estes tipos de situações que podem atrapalhar as relações de companheirismo, que por consequência podem atrapalhar os dias de trabalho.

 2.1.1 Elementos Da Comunicação

             Pelo fato dos seres humanos se tornarem seres sociais, a comunicação precisou se tornar algo fundamental na vida de todos. ‘‘Ao utilizar a língua na comunicação, o homem faz uso do código mais elaborado e de maior possibilidade expressiva, o que lhe garante comunicar com grande precisão o que pensa. ’’ (TEIXEIRA, 2007, p. 10). Esta comunicação se dá por meio da linguagem, e que pode ser de vários tipos, exemplos:

ü Oralidade: Feita de forma presencial por duas ou mais pessoas. Ex: Conversa entre amigos.

ü Escrita: Feita através de palavras. Ex: Textos, mensagens.

ü Gestos: Feita através do uso de expressões corporais: Ok! Não! Sim! Língua de Sinais (Libra).

ü Cores: Utilizada para associar sinalização. Ex: Semáforos, Prioridade de Atendimento no SUS.

ü Símbolos: Representa palavras através de ícones. Ex: Placas WC, Placas de Trânsito.

ü Imagens: Responsável por transmitir a mensagem sem uso das palavras. Ex: Foto, Ilustração.

             Como relata Cardoso (2006), essas formas de comunicação são estabelecidas a partir, basicamente, de sete elementos necessários para o ciclo da mensagem durante seu percurso.

ü Fonte: A Origem da Mensagem. Ex: Noticia, informação, aviso, etc. 

ü  Emissor: Responsável pela transmissão da informação através de um tipo de comunicação. 

ü  Mensagem: A informação a ser transmitida pelo emissor. 

ü  Receptor: Individuo ou grupo ao qual é destinada a mensagem. 

ü  Canal: Campo de circulação por onde a mensagem passa até chegar ao receptor. 

ü  Código: É o conjunto de símbolos, letras ou sinais utilizado para transmitir a mensagem. 

ü  Assunto: Representa o Conteúdo ao qual a mensagem se refere.

         O Ruído também é incluído como um dos elementos, porque ocorre quando a mensagem é decodificada de forma errada pelo receptor, devido ao barulho do local, voz baixa do emissor ou qualquer outro tipo de barreira que dificulte a comunicação. Para Tincani et al. (2014) para uma boa transmissão da mensagem, pelo emissor, sem interrupções - principalmente se for tímido e for falar em público – é prestar atenção no uso das mãos, na expressão fisionômica, no volume e na tonalidade de voz correta. Dessa forma, a mensagem será transmitida com a intenção desejada e será entendida de forma clara e objetiva pelos receptores.

 2.1.2 Comunicação Não Verbal: O Silêncio Também Fala

       O processo de comunicação empresarial desempenha na prática informações com a finalidade de permitir o diálogo entre os funcionários de uma organização. Porém ‘‘ Nem tudo que é falado é ouvido; nem tudo que é ouvido é escutado; nem tudo que é escutado é entendido. Mais ainda, nem tudo que é entendido é praticado. ’’ (GAZ, 2014, p. 87). No dia a dia das organizações, a existência de emissores sensíveis é necessária para o relacionamento humano profissional.

A comunicação não verbal possui quatro características:

(1º) Quando a resposta facial é corespondida automaticamente. Ex: Uma leve animação ao responder ‘‘Bom dia!’’ a alguém que diz ‘‘Bom dia!’’.

(2º) Quando algo é falado, mas o corpo diz o contrário. Ex: Quando é dito ‘‘Muito prazer!’’ ao conhecer alguém, porém o aperto de mão é fraco, podendo ser até nojo de apertar.

(3º) Quando a resposta é dada através do corpo. Ex: Balançando a cabeça positivamente para dizer que entendeu algo.

(4º) Quando a expressão é dada através dos sentimentos. Ex: Com a felicidade é demonstrada alegria e com a decepção é demonstrada tristeza.

 

            A comunicação feita face a face, interpessoal também pode ser feita sem o uso das palavras, e é denominada comunicação não verbal, pois ocorrem através do uso de expressões corporais, expressões faciais, gestos e etc. Matos (2014), afirma que é essencial para os gestores observar o silêncio dos colaboradores, analisar a postura do corpo e interpretar as feições do rosto; pois estes indicadores apontam que os comportamentos falam mais do que palavras, já que não é possível ter consciência e nem controle voluntário de todas as expressões. Raríssimas vezes, o que é falado não é realmente o que é pensado ou sentido. Seguem alguns exemplos de linguagem corporal, que apontam fatores importantes.

·       Braços cruzados: Postura defensiva com resistência a algo.

·       Abraço em si mesmo: Proteção ao frio e necessidade de aconchego.

·       Mãos no bolso e olhar cabisbaixo: Desmotivação, desconfiança.

·       Coceira, mudança de voz e piscadas seguidas: Indicadores de mentira e dissimulação.

·       Mãos fechadas: ódio, agressividade, revolta e frustração.

·       Puxar a orelha: Pensamento.

·       Balançar as pernas: Nervosismo ou impaciência.

·       Olhar distraído: Desinteresse e indiferença.

·       Dilatação das pupilas: Satisfação, felicidade, interesse e entusiasmo.

·       Desviar o olhar: Timidez ou falta de verdade.

·       Sorriso demorado: Aprovação, simpatia, admiração ou ao contrário pode ser decepção.

·       Esfregar os olhos: Cansaço, dúvida ou descrença.

·       Alisar o cabelo e roer unha: Ansiedade e insegurança.

 Além dessas e outras, ainda existem as expressões automáticas, que são liberadas do nosso corpo inevitavelmente. Como exemplo algumas pessoas que possuem a pele clara ficam com as bochechas rosadas ou quando o riso e o choro tornam-se – dependendo da situação – incontroláveis. Todos esses sinais devem ser observados pelos gestores, como forma de ferramentas para auxiliar na percepção de perfil de cada colaborador.

2.2 OUVIDORIAS: CANAL ABERTO DE COMUNICAÇÃO

As ouvidorias são canais relacionados aos clientes da empresa. Servem para absorver reclamações e elogios do produto ou do atendimento recebido pelo cliente oferecido pela organização. Os tipos de ouvidoria podem ser registrados através do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) que podem ser acolhidos pela Internet ou pelas linhas telefônicas exclusivas da empresa.

Ouvir é um ato de respeito e de importância ao outro. Costa e Fleury (1998), explicam que a ouvidoria é um mecanismo eficiente de escuta do usuário, contribuindo para a qualificação da administração dentro de uma organização.

O fortalecimento da função estratégica das ouvidorias no cenário organizacional expressa o anseio da sociedade na busca do resgate dos conceitos de cidadania e defesa do cliente – consumidor – cidadão, questões fundamentais para a consolidação dos valores democráticos, fundamentados no exercício contínuo da comunicação e do diálogo. (MATOS, 2009, p.60).

Portanto, existe uma enorme importância no sistema de ouvidoria, pois a organização passa a visar o problema causado tendo em vista a melhor solução. Devendo a ouvidoria acompanhar e tomar as devidas providências de forma rápida e eficiente, para reverter os problemas que causaram o conflito com o cliente, buscando sua satisfação, recuperando assim sua fidelização.  

 2.2.1 Endomarketing

O Endomarketing é uma estratégia de marketing voltada para o sistema interno de uma organização, onde visa melhor satisfação para o colaborador. É um dos processos mais importante para a comunicação interna porque, busca por meio da opinião, a melhoria da motivação e da satisfação das pessoas que trabalham na empresa.

Segundo Polli (2015) é de fundamental importância que as empresas entendam que o colaborador também é um cliente – mesmo que interno - e necessita de total atenção e cuidados.

Além da motivação, é crucial deixar a equipe atenta a todas as mudanças ocorridas na empresa, informando todas as metas e conquistas que buscam alcançar, mostrando ao colaborador seu respeito e seu valor.

A receita para se obter o alinhamento desejado é comunicar, falar, falar, falar e disponibilizar meios para ouvir sempre seus empregados; para que desta forma os empregados possam se engajar nos planos e programas da empresa. Sendo assim, todos crescem e fazem com que a empresa cresça junto. Tão ou mais importante que a comunicação voltada ao marketing externo, a organização necessita também usar a comunicação para fazer marketing para seus empregados. O empregado deve ser visto como o seu primeiro cliente - o cliente interno, que estando satisfeito, estará apto a satisfazer os clientes externos. Essa é a proposta do Endomarketing. A empresa deve desenvolver esforços para tal. Nesse caso, a comunicação é essencial para a empresa vender-se aos seus empregados. Tratar o funcionário como Cliente, conferir-lhe dignidade, responsabilidade e liberdade de iniciativa são componentes importantes para se desenvolver empregados motivados e comprometidos com a empresa. (MENDES, 2004, p.6-7).

Desse modo, a empresa deve realizar ações para buscar transferir bons referenciais da empresa para seus funcionários, fazendo os ‘‘vestir a camisa’’ da empresa.

Para Brum (2004), a formação do marketing interno nas organizações para satisfação do colaborador torna o funcionário bem mais motivado e feliz; este por sua vez, trata o cliente melhor sempre buscando a satisfação; dessa forma a empresa que investe seriamente no endomarketing obtém o retorno projetado para os seus clientes externos.

2.2.2 Feedback: Sem Retorno Não Há Comunicação

O feedback é um processo de fornecimento de informação que tem o intuito de contribuir para a melhoria do desempenho do colaborador na empresa. Trata-se de um retorno que valida ou invalida um determinado comportamento com base de dados claros, objetivos e verificáveis. ‘‘O líder tem por natureza ser uma pessoa ativa, que mostra caminhos, que direciona e dar respostas. O grande problema nas empresas é que geralmente os lideres gostam de dar a opinião, porém não gostam de recebê-los. ’’(CASSAROTTO. 2016, p 16).

É muito importante que o retorno da comunicação se torne fundamental, pois a comunicação é humana e necessita de resposta para ser realizada. A comunicação sem retorno é por tanto uma comunicação falha e por isso incompleta. Deste modo o feedback eficaz é aquele que pode ser dado para aprovar ou reprovar atitudes; expressar consideração ou respeito; repreender ou elogiar o colaborador e, ajudar pessoas ou grupos a melhorarem seus desempenhos, alcançando assim seus objetivos e metas. Para Matos (2014), algumas dificuldades podem ser encontradas para o feedback ser recebido, como: Falta de diálogo entre a estrutura vertical da empresa, as pessoas têm a tendência de perceber só os que lhe convém e esquecem de ter empatia pelo colega; a dificuldade de pedir esclarecimentos quando se tem dúvidas sobre o assunto reportado além do preconceito e julgamento sobre quem realiza a mensagem, no caso, o emissor, entre outros. Porém algumas dificuldades podem ser encontradas para o feedback ser realizado, como: desconhecimento do assunto em questão; dificuldades em expressar-se; medo de magoar e desapontar o receptor; temor de ser mal compreendido ou mal interpretado; receio de receber retaliações ou julgamentos; falta de meios de comunicação adequados para a situação ou até mesmo incompreensão de quem receberá a mensagem. 

Cassarotto (2016), detalha os tipos de feedback.

·     Feedback positivo: Tem como objetivo reforçar uma ação ou comportamento que desejamos que se repita.

·     Feedback corretivo: Tem como objetivo corrigir um comportamento inadequado.

·     Feedback insignificante: Trata-se de um feedback vago ou genérico. Em geral a pessoa que o recebe não tem a certeza de seu propósito.

·     Feedback ofensivo: Esse é um feedback arriscado e capaz de comprometer de forma severa as relações.

Sem o Feedback não há comunicação , pois no momento que o emissor envia uma mensagem terá que ter o receptor nesse processo.  O feedback tornou-se uma das principais chaves dentro da organização, sendo de grande importância para o processo de promover mudanças, ou seja, além do colaborador poder expressar suas ideias, com o feedback seu ponto de vista será ouvido e levado em consideração, em alguns casos, poderá até ser acatado; tornando o ambiente organizacional receptivo a novas ações com o olhar crítico de seus colaboradores através do diálogo e da conversação.

2.2            RÁDIO PEÃO

Radio peão é uma maneira de se comunicar de forma descontraída, uma fofoca, falatórios entre os funcionários ou um comunicado feito informalmente dentro de uma empresa, apesar da informalidade transmitida ela retrata o que foi comentado no meio formal sendo de forma especulativa ou contraditaria.

Existem muitas críticas relacionadas ao rádio peão. Uns acreditam em que esse tipo de comunicação é de grande perigo para empresa e outros acreditam que seria a forma dos colaboradores se expressarem no meio do seu grupo organizacional.

A Rádio Peão é um meio de comunicação que vem sendo muito valorizado nas empresas. Há administração que consideram sua existência como maléfica, uma extensão ou herança das fofocas entre vizinhos. Outros aceitam com naturalidade e até procuram utilizá-la para ampliar sua percepção e compreensão, dentro da empresa. Das: relações entre pessoas e entre grupos e implicações e interpretações de um determinado fato. (PIMENTA; MARIA,2006, p. 74).

            A comunicação entre os colaboradores é algo natural numa determinada empresa, gerando consequentemente o rádio peão que surge em forma de dúvidas sobre algo formal na empresa ou informações mal-entendidas.

Uma das consequências do rádio peão está devidamente ligada a alguns tipos de amizades liberais de líderes com colaboradores, onde o líder libera informações sigilosas ao funcionário devido a amizade que possuem e esse, por sua vez, espalha para todos os colaboradores, deixando o líder em uma situação delicada. Outro fator negativo é a fofoca constante que acaba sendo gerada, criando uma falsidade no ambiente organizacional, dando pontapés iniciais para outros diversos pontos, como: desconfiança, descumprimento de ordens, conflitos entre outros. Talvez esse seja o maior medo dos gestores - perder a confiança da empresa e dos colaboradores - fazendo-o refletir em como uma fofoca pode causar diversos problemas para sua carreira profissional.

O líder deve ser o responsável pela comunicação da sua equipe e por isso o rádio peão não é seu aliado na empresa. Porém o rádio peão para os colaboradores é a forma de se expressar informalmente, ou seja, é onde os colaboradores vão retratar e expressar o seu convívio do trabalho sem que a empresa os empeça de se comunicar de forma livre. As empresas não podem ver isso de maneira totalmente negativa, pois é um direito do ser humano, se comunicar com todos ao seu redor. Podemos perceber que o rádio peão está perfeitamente ligado ao meio da comunicação empresarial e que de certa forma o líder tem muito que se preocupar já que este tipo de rede comunicacional aberta a linha de rumores pode se tornar prejudicial no cotidiano e afetar a produtividade.

            Segundo Pimenta (2006, p. 77), os administradores devem cuidar dos processos de comunicação para diminuir as chances de especulações. Ou seja, toda a falta de informação ou especulações desnecessárias. O fato é que o rádio peão nunca vai deixa de existir numa organização e que é algo natural e constante; sabendo disso os gestores devem apresentar aos colaboradores todas as informações da empresa que venham ser necessárias.

 

2.2.1       Comunicação Para Gerir Pessoas E Equipes


Uma das maiores dificuldades para a comunicação do gestor é a má interpretação do que ele apresenta; quando algo é interpretado de maneira errada por um grupo pequeno de colaboradores é mais fácil para o líder corrigir o erro; porém quando algo é interpretado de maneira errada para um grupo maior de colaboradores as chances de correção se tornam mais complexas ou fora de controle. 

Sabemos que para a comunicação existir é preciso um emissor, aquele que passa a mensagem e o receptor, aquele que recebe a mensagem. Na gestão de pessoas deve-se existir uma comunicação mútua, onde o objetivo é trazer ideias para o crescimento da empresa. Para isso, é necessária a convivência dos colaboradores com os gestores, e essa convivência se constrói através da comunicação, onde os líderes podem estar mais conectados com sua equipe.

É com a comunicação, que o colaborador aprende novos ensinamentos e adquire novas experiências na empresa. Para isso é importante experimentar dinâmicas, como rodas de diálogos, por exemplo, onde os colaboradores possam expressar suas dificuldades e pontos a melhorar. Evitar certas brigas e desavenças é aconselhável, pois, o companheirismo auxilia no aumento da confiança de uns com os outros.

O gestor deve ser o ponto chave da comunicação da empresa, pois como o comunicador geral ele tem por função negociar, organizar, informar, entrevistar e reunir, e em tudo ele precisa estar sempre fazendo uso de uma boa comunicação. Como relata Pimenta (2006), quem tem um dom de saber falar, provavelmente, terá mais facilidade de traçar objetivos com sua equipe, pois todos entenderão seu raciocínio e conseguirão alcançar de forma coletiva os objetivos almejados de forma eficiente e eficaz.

É importante frisar que uma boa comunicação é aquela transmitida de maneira simples e que seja de fácil entendimento, além de ser verdadeira. Quanto maior for à comunicação maior será a produtividade, gerando assim motivação e aumentando a expectativa da empresa com os seus colaboradores.

 2.2.1       Comunicação É A Alma Do Negócio

           A negociação acontece de forma cotidiana nas empresas. É através da negociação que acontece o processo de compra no fornecedor e também a venda para o cliente, consequentemente gerando cooperações e laços comerciais. A negociação tem como objetivo trazer benefícios para ambos os lados e somente através de uma boa comunicação isso poderá acontecer. 

É dito que a propaganda é a alma do negócio, mas sem a comunicação não existe a propaganda; sendo assim indispensável no processo de negociação. Na negociação a comunicação deve ser feita de forma flexível, sabendo ouvir o que está sendo falado e também sabendo questionar o que não foi esclarecido.

A parte crucial da negociação é a oralidade, é se comunicar de maneira correta sabendo realmente o que está defendendo, devendo existir antes toda uma preparação para que aconteça uma boa negociação buscando o acordo mútuo, sabendo expor seus objetivos de forma clara e firme.

A forma como as pessoas se comunicam em negociação reflete, em grande medida, suas atitudes. Observar e analisar os elementos de comunicação não verbal: expressões faciais, gestos, posturas, olhares, para linguagem etc. pode possibilitar compreender como os interlocutores estão percebendo se sentido em relação ao que está sendo proposto. (PIMENTA, Maria Alzira, 2006, p. 138).


         O ato de negociar já é algo habitual no cotidiano de todo ser humano, por que quase tudo é de certa forma negociável; daí surge às estratégias de comunicação, pois os gestores buscam a melhor forma de alcançar os objetivos e os lucros para o crescimento da empresa e para isso a negociação é de total importância porque, aqueles que possuírem uma boa lábia conseguirão fechar contratos ou finalizar compras desejadas para a organização.


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS


        Em virtude dos fatos mencionados os componentes da comunicação empresarial servem como estratégias para uma empresa conseguir alcançar seus objetivos. Utilizando a comunicação, a organização poderá desenvolver seus colaboradores através de interação entre diálogo e conversação. 

Hoje a comunicação empresarial está ligada a toda área de uma organização e é com ela que os funcionários passam a ter confiança na empresa, o consumidor no funcionário e a população com os seus produtos ou serviços. Com ela, os valores são agregados para a imagem da empresa, mostrando assim que é a organização se preocupa com os seus colaboradores.

        Com uma equipe altamente integrada é imprescindível citar que a comunicação organizacional seja compreendida como algo fundamental, pois ela garante o sucesso do gerenciamento e do controle sobre todos os departamentos organizacionais além de facilitar a interação entre os setores, maximizando o fluxo de rapidez e agilidade na resolução dos conflitos.

4.     REFERÊNCIAS BIBLIÓGRAFICAS.

 BARROS, Daiane Monique Lima De; MATOS, Nailton Santos DE. A Importância Da Comunicação Organizacional Interna E Dos Feedbacks Gerenciais. Disponível em: <file:///C:/Users/loone/Downloads/1553-7873-2-PB.pdf>. Acesso em: 24 Abr. 2019.

 

BRUM, Saul F. Endomarketing: como pratica-lo com sucesso. São Paulo: Pretice Hall, 2004, p. 94.

CARDOSO, Onésimo de Oliveira. Comunicação empresarial versus comunicação organizacional: novos desafios teóricos. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/%0D/rap/v40n6/10.pdf >. Acesso em: 25 Abr. 2019.



CASSAROTTO, Carlos. Liderando através do feedback. Disponível em: <

https://www.livrosdigitais.org.br/baixar-livro/37563F5NO3EW7N >. Acesso em: 26 Abr. 2019.

 

COSTA, F.L, FLEURY, S A Ouvidoria Como Instrumento Para Efetivação De Função Publica E A Promoção Da Cidadania. Disponível em: http://www.en.ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/td_1480%20ouvidoria%20como%20instrumento%20de%20mudana.pdf>. Acesso em: 26 Abr. 2019.

 

GAZ, Ricardo. Comunicação Empresarial: O Processo de Comunicação No Planejamento e Controle Da Produção. (PCP). SÃO PAULO: Editora Atlas. 2014, p. 87.

 

JUSTAMAND, Michel; et al. A Arte Rupestre Em Perspectiva Histórica: Uma História Escrita Nas Rochas.  Disponível em: < file:///C:/Users/loone/Downloads/8648451-29140-1-PB.pdf>. Acesso em: 23 Abr. 2019.

 

MATOS, Gustavo Gomes De. Comunicação Empresarial: Sem Complicação. SÃO PAULO: Editora Manole Ltda. 3º Edição, 2014, p. 82-85.

 

MENDES, Regina Stela Almeida Dias. Endomarketing Como Ferramenta De Comunicação Com O Público Interno. Disponível em:<http://www.endomarketing.com/wp-content/uploads/2014/10/artigo-endomarketing-como-ferramenta-de-comunicacao-com-o-publico-interno.pdf>. Acesso em: 28 Abr. 2019.

 

NETO, Álvaro Francisco Fernandes. Gestão de Conflitos. Disponível em: <https://2dc236b5-a-62cb3a1a-s-sites.googlegroups.com/site/agestaoeducacional/ebooks/gest%C3%A3odeconflitos.pdf?attachauth=ANoY7cqjz80w55a3UfbgQWlvIBqwNI9lUpelwGonRM08krWX-inQY_38viH7I8Cy6UjqBm5Ez7hZKDNUnYU6WeFK-J89599_wZ2YZBrumsirbA_btwq_tGrtT7hy8dcxw0_etOFJ0bVAWi6TISZa4ZRhkYX2YJIPFC5x4UbTaH_DLL7iprgmZD9XFH5T5Shu3d29y18jzOeytuxasVO0Cc630gTABuYR2rHDeWibxH3rXbRQn1fcyYhdM-90GBC-VLZDjEf8MjhL&attredirects=0>. Acesso em: 25 Abr. 2019.

 

PIMENTA, Maria Alzira. Comunicação Empresarial. Campinas, SP: Editorara Alínea, 2006, p. 74, p. 77, p. 138.

SILVA, Tatiane Euzébio R; GÓIS, Italuelmo da Rocha; OLIVEIRA, José Cleverton De. A Má Comunicação E Os Prejuízos Da Empresa. Disponível em: < file:///C:/Users/loone/Downloads/368-1169-1-PB.pdf>. Acesso em: 24 Abr. 2019.

 

POLLI, Shandô Waltrick. O Endomarketing Como Ferramenta De Relacionamento Com O Cliente Externo. Disponível em: < file:///C:/Users/loone/Downloads/24720-73585-1-PB.pdf>. Acesso em: 28 Abr. 2019.

 

SILVA, Ana Elisa Bauer De Camargo; et al. Problemas na Comunicação: Uma Possível Causa de Erros de Medicação. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v20n3/a05v20n3>. Acesso em: 25 Abr. 2019.

 

TAVARES, Maúricio. Comunicação Empresarial e Planos de Comunicação. SÃO PAULO: Atlas, 2010, pág. 1-3.

 

TINCATIN, Daniela; et al. Comunicação nas Empresas. Editora Universidade Estácio de Sá. 2014, p. 20.

 

TOMASI, Carolina. MEDEIROS, João Bosco. Comunicação Empresarial. SÃO PAULO: Atlas, 2014, pág. 7.

 

 

 


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