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* FICHAMENTO ASSOCIATIVISMO

 DÉBORA MARQUES


 Entre as várias representações compostas pelas entidades organizacionais e/ou sociais, compreende-se o associativismo como uma das formas de atuação associada em caráter conjunto de indivíduos, grupos, empresas, organizações, firmas, companhias, instituições ou de ambas entre si, com um foco de interesse representativo em comum, que possa ser benéfico a todos os envolvidos, associados ou participantes. Logo, o associativo (associação) + ismo (conjunto de ideias) = Associativismo, é definido como a união de esforços, quando em busca de objetivos equivalentes, podendo proporcionar o alcance mais rápido de direitos, soluções e o desenvolvimento de resultados de forma mais abrangente; havendo, entre elas associações: de classes, sindicatos, cooperativas, associações de socorros mútuos, entre outras instituições semelhantes. (VIEGAS, 1986).

O aumento do interesse pelo fenômeno do associativismo está também interligado com o reconhecimento dos impactos dos fenômenos da globalização, da complexidade e da pluralização na reconstituição das identidades, práticas e repertórios da ação coletiva [...]. A crescente interdependência entre os estados- nação, o desenvolvimento dos mercados globais, as questões ambientais que atravessam fronteiras nacionais, as novas tecnologias e meios de comunicação são, entre tantos outros, aspectos da globalização que se desenvolvem vis-à-vis à proliferação de novas instituições políticas e de organizações sociais. (LÜCHMANN, 2014, p. 160).

Em outros conceitos, Sidimental (2019), confere a importância do associativismo como forma de impulsionar maior visibilidade àquele(s) que lutam e buscam por ações coletivas a favor de melhorias e respectivos direitos, visando o fortalecimento de categorias nos aspectos econômicos, técnicos, políticos e/ ou sociais. O desenvolvimento destes determinados grupos que se associam com outras entidades, grupos ou organizações, transitam por sete princípios, descritos por Sidimental (2019 apud MEINEN, Ênio, 2014):

1º: Adesão voluntária dos seus participantes;

2º: Base na gestão democrática;

3º: Participação societária econômica;

4º: Autonomia e independência;

5º: Formação, educação e informação;

6º: Relacionamento cooperativo;

7º: Interesse comunitário.

Buscando desenvolvimento e a inserção empresarial; - compreendendo-se a dificuldade imposta pela adaptação em questões burocráticas gestacionais -, Prattes (2013), estabelece a necessidade do associativismo nas empresas, pois o fortalecimento da organização se dá por meio da inserção com demais empresas, visualizando um concorrente como um potencial parceiro e não como um inimigo, agregando a busca de valores pré-estabelecidos e de forma organizada, buscando a satisfação mútua entre eles.

Em relação ao controle social na democracia, na cultura cívica e na saúde, - dentre as perspectivas existentes em complementação sobre os tipos de associativismo -, Labra e Figueiredo (2002), remetem a concepção com a associação política; (os partidos e os políticos, possuem papéis de “correntes de transmissão” das demandas da sociedade até as arenas estatais; através da aproximação da comunidade com a descentralização do poder político, adotando-se políticas públicas mais justas e organizadas) e com a associação de saúde (os cidadãos devem exercer vigilância sobre as ações dos conselhos de saúde – representados por usuários, através de recrutamento de membros mais preparados para liderar essas arenas -, cabendo a preocupação com o monitoramento e acompanhamento das verbas aplicadas ao sistema de saúde, que servirão aos moradores e habitantes das áreas circunvizinhas), tendo estas representações sociais, conseguidas com muito esforço, no decorrer de avanços e grandes mobilizações buscadas pela sociedade civil com o passar dos tempos.

Através destes tipos de associações, baseadas na igualdade entre seus membros, onde todos têm os mesmos direitos e deveres, realizando apoios mútuos, com ética e responsabilidade social a serem protegidos e observados é que o sistema de associativismo procura satisfazer o fortalecimento destes grupos, agregando valor em suas organizações, em suas bandeiras, em suas reclamações, em suas melhorias e em seus associados, pois sem a conjunta interseção integrativa entre eles, não há associativismo.

REFERÊNCIAS:

LABRA, M. E; FIGUEIREDO, J. S. A. de. Associativismo, participação e cultura cívica. O potencial dos conselhos de saúde. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v7n3/13030.pdf>. Acesso em: 30 Out. 2020.

LÜCHMANN, L. H. H. Abordagens Teóricas sobre o Associativismo e seus efeitos Democráticos. Revista Brasileira de Ciências Sociais – Vol. 29 Nº85. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v29n85/11.pdf>. Acesso em: 23 Out. 2020.

PRATTES, C. M. Associativismo: O princípio do Fortalecimento das Profissões. Disponível em: <http://www.fiepr.org.br/sindicatos/sindirepapg/News3263content205461.shtml#:~:text=O%20associativismo%20%C3%A9%20o%20princ%C3%ADpio%20para%20o%20desenvolvimento%20de%20uma%20sociedade.&text=Regido%20por%20princ%C3%ADpios%20de%20liberdade,em%20torno%20de%20interesses%20comuns. Acesso em: 23 Out. 2020.

SIDIMENTAL, RS. Associativismo: O que é e quais os seus benefícios. Disponível em: <https://www.sindimetalrs.org.br/associativismo-o-que-e-quais-beneficios/>. Acesso em: 23 Out. 2020.

VIEGAS, J. M. L. Associativismo e Dinâmica Cultural. Disponível em: <https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/954/1/6.pdf>. Acesso em: 30 Out. 2020.


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